segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Para quê simplificar se a gente pode dificultar?!


Há situações na vida da gente que realmente nos fazem pensar sobre as (im)possibilidades da humanidade e sobre como as pessoas administram (ou não) as suas emoções.
Que relacionar-se com o outro não é uma tarefa fácil, isso nem preciso reiterar, é fato dado e indiscutível. Mas que tem gente que faz questão de complicar, isso é mais do que verdade.
Há situações em que o conflito é inevitável e resolvê-lo passa a ser questão de quem vai ceder primeiro. E ceder, leia-se aqui "dar o braço a torcer". Ceder não é mais uma questão de ajuste, de flexibilidade, mas passa a ser de fraqueza, de admitir que se erra. (Como se isso fosse alguma novidade: nós, humanos, errarmos!)
Uma vez ocorrido o conflito e em virtude da dificuldade de resolvê-lo, algumas pessoas adotam o bom e velho, "deixar rolar" ou "esperar a poeira baixar". Outros porém, preferem atitudes de verdadeiro descontrole, como "colocar lenha na fogueira", complicar, implicar.
Acredito que seja uma dificuldade de cada um e que não é questão de certo ou errado. O que eu não entendo, é o que as pessoas vêm de benefício em perpetuar uma rixa, reforçar um comportamento desagradável, proporcionar ao outro desconforto.
Quem ganha e quem perde? Todos perdem.
O que sofre as consequências, perde porque está numa posição de receptor de toda energia negativa.
Mas quem gasta o seu tempo e suas energias projetando suas dificuldades no outro perde muito mais. Perde por investir tempo em algo que não gera proveito ou benefício algum. Perde porque gera negatividade nas suas atitudes e pensamentos. E perde porque não aprende grandes lições que as adversidades da vida nos proporcionam.
E eu? Aprendi a deixar passar, a tomar para mim minhas responsabilidades e só. O que é do outro, deixo para que ele se ajuste quando estiver preparado para assumir suas próprias responsabilidades.
A vida é muito curta e complicada o suficiente para que eu ainda dificulte sua passagem.
Decidi ser facilitadora.
E você?

3 comentários:

  1. Eu preciso aprender a ser facilitadora, gostei muito do texto amiga.

    Boa semana.

    ResponderExcluir
  2. Nós insistimos em dificultar tudo o tempo todo.
    Acho que a simplicidade perdeu um pouco a graça o que é uma pena.
    Belo texto!

    ResponderExcluir
  3. Bah, eu posso dizer que sou um Evitador, eu tento ao máximo evitar o conflito, busco sempre o entendimento e o diálogo, mesmo que esse não seja muito frutífero numa primeira abordagem, bom tu sabe que mesmo com avisos algumas pessoas precisam se queimar pra saber que o fogo é perigoso, eu mesmo tive que levar alguns tombos pra aprender a andar ereto, bom sigo tentando encontrar o Caminho do Meio, equilibrando as realidades que são tão distintas entre as pessoas. Um grande Beijos e gostaria de dizer que apreciei muito o teu texto!

    ResponderExcluir