sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O adeus que não pudemos dar

Das certezas que a gente traz na vida, a mais inquestionável é a morte. Todos vamos morrer. Todas as coisas vivas possuem um ciclo que um dia termina. 
Mesmo com essa afirmação que nos é pregada desde o nascimento, acredito que seja a fonte das maiores dúvidas humanas. Incrível ambiguidade, não?

Nunca estamos preparados para a perda. Perder alguém querido nos traz um vazio e uma dor que beira ao sofrimento físico em alguns casos. 

E que dizer de alguém que tira sua vida? Como absorver a dor dessa perda? Como lidar com a frustração que fica a quem continua?
Já trabalhei com pessoas com sofrimento emocional intenso, desesperançadas e que veem a morte como única saída para sua dor. Já presenciei vivências familiares de quem perde alguém desse jeito abrupto. Nas duas situações, a dor presente é indescritível.

O que resta é não culpar-se pela ajuda que poderia ter dado, não culpar-se por - muitas vezes - não ter percebido a gravidade da situação no dia a dia de quem partiu. Cada ser humano é responsável por suas escolhas: boas ou ruins.
Cabe a cada um de nós o destino de nossas vidas e às vezes, nada poderia ter sido feito para evitar.

E dar tempo ao tempo, pois é só ele que coloca cada coisa em seu lugar.