segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cada um dá o que tem de melhor

Li uma história há algum tempo e resolvi compartilhar aqui. Acredito que aquilo que nos faz refletir é válido ser lido e dividido.

"Um rico resolve presentear um pobre por seu aniversário... Ironicamente manda preparar uma bandeja cheia de lixo e sujeiras.
Na presença de todos, manda entregar o presente, que é recebido com alegria pelo aniversariante, que gentilmente agradece e pede que aguarde um instante, pois gostaria de poder retribuir a gentileza. Joga fora o lixo, lava e desinfeta a bandeja, enche-a de flores, e devolve com um cartão, onde está a frase: "A gente dá o que tem de melhor...”

A história tem moral e tudo mais. Está na rede para quem quiser pesquisar.

O importante a se pensar é simples: cada um dá o que tem de melhor. E acho que a gente deve pensar isso não só na hora em que as pessoas nos magoam ou são ingratas conosco por algum motivo. Mas também quando a gente vai agir com os outros.

Temos o costume de tratar bem as pessoas quando precisamos delas de alguma forma. A gente esquece que devemos tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados.
Clichê, mas é bem por ai.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Desacelere-se

Passando por uma rua da minha cidade hoje pela manhã, senti um gostoso perfume de lírios trazido pelo vento.

Como estava com tempo, parei em frente a casa de onde o perfume exalava e gastei poucos minutos para apreciar aquelas belas flores e sentir o aroma doce delas.

Já havia passado outras vezes por aquela rua e sentido o cheiro inúmeras primaveras. Jamais parei para pensar de onde vinha e que flores eram aquelas que nos presenteavam com tão belo agrado.

Dei-me conta mais uma vez: a correria cotidiana nos priva de tantos pequenos prazeres! A gente corre o tempo todo, sempre tão atarefados e com o relógio nos denunciando o quão poucas são as 24 horas do dia.
E nessa caminhada apressada a gente deixa passar tantas coisas.

E por que corremos tanto se não para termos tempo para as coisas que nos trazem prazer? Irônico, não? Corremos para otimizar o tempo e para GANHAR tempo.

E o que ganhamos na verdade? Sobra tempo para o que realmente importa?

É claro que o ritmo das coisas é acelerado e as tarefas diárias nos exigem maior agilidade. Mas será que é preciso correr tanto?
Como podemos fazer aquilo que nos propomos e ainda aproveitar os pequenos espaços de tempo entre as atividades?

A gente precisa aprender a desacelerar. Somos treinamos desde sempre a correr, agilizar, movimentar. E quem nos ensina a ir mais devagar? Quem nos ensina que há momentos em que não precisamos tanta pressa?

Estou escrevendo aqui sabendo que tenho tantas outras coisas ainda no dia a realizar. Mas me permito parar por um momento. Me permito refletir e voltar a pensar no perfume doce daqueles lírios de hoje de manhã.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Apaixonar-se

Apaixonar-se é inevitável. Eu diria que é até recomendável de vez em quando.
Em "estado de apaixonamento", é possível dar sentido a muitas das coisas que a gente às vezes não consegue definir.

Há aqueles que vivem apaixonados. Se apaixonam toda semana! E a cada nova decepção, trocam de paixão. E seguem sempre se apaixonando, porque acreditam que vale tudo pelo fervilhar que uma paixão nos traz.

E há aqueles que não gostam de se apaixonar ou que ainda evitam envolver-se com as pessoas por medo de cair em contradição.
Triste destino!
A gente evita o "sofrimento" e se priva de coisas gostosas como as borboletas no estômago.

Nem se apaixonar demais e nem se privar disso. É possível?
Sigamos nos apaixonando sempre... Pela mesma pessoa, por pessoas diferentes, pelas coisas simples da vida. O importante é não perder o brilho nos olhos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O que é demais nunca é o bastante

Já repararam o quanto somos exigentes com os outros?
Quantas vezes nos relacionamentos esperamos que as pessoas se comportem de determinada forma, falem e ajam de acordo com padrões que a gente estabelece como ideais?

É do ser humano projetar suas expectativas nas pessoas. Quanta responsabilidade!
Para quem projeta e para aquele que é depositário das viabilidades dos outros.

Agir com naturalidade, ser autêntico. É bom e em teoria todo mundo aprova. Mas não é bem assim na prática.
Se apaixonar é fácil. Difícil é se dar conta de que a gente se apaixonou pelas qualidades e pelos defeitos.
Quando a gente exige demais, a gente prende.

É bom agradar e ser agradado. Mas também é importante respeitar o ritmo das pessoas. Cada um tem seu tempo de vivenciar os processos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Não há tempo que volte


Tem gente que tem preguiça de viver. Passa uma vida esperando por algo que não sabe bem o que é e que também não sabe como fazer para alcançar o que deseja. Ou não deseja? Às vezes é o que parece. Que algumas pessoas deixaram de desejar.

A vida passa e estamos fartos de exemplos de pessoas que em algum momento percebem que não deu tempo de fazer tudo aquilo que queriam.
Às vezes uma "sacolejada" da vida é suficiente para acordar. Dar-se conta que o tempo passa e não espera que enfim se tome a decisão mais adequada para cada momento.
Às vezes dá tempo de corrigir algumas posturas e continuar do ponto onde se estacionou.

Mas e quando não dá? E quando é tarde?
Nos deparamos com pessoas que se frustraram e nem se deram conta que as únicas responsáveis foram elas mesmas!!!
O tempo não pára e não espera por ninguém.
Não há tempo que volte para a gente refazer, planejar e realizar.

Não dá para esperar o momento de viver.
Não dá para sentar e deixar para tomar as rédeas mais tarde.

E ai, já sacudiu a poeira e voltou para o teu caminho?


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Liberdade ou libertinagem nos relacionamentos

Palavrinhas de grafia parecida essas, não? Pois é, mas é só nisso que se parecem.

Acredito que a liberdade é uma busca constante e diária. Buscamos por liberdade de nos expressarmos, liberdade de horários, de tarefas, de gostos.

E todo relacionamento que se preza anseia por essa liberdade que muitas vezes não sabemos definir, não sabemos interpretar.

Até ai tudo bem. Se vivemos em busca dessa tão sonhada liberdade, nada mais justo do que procurar por relações que nos permitam o exercício pleno de nossos desejos e vontades. É possível?

Primeiro vamos definir o que seria um relacionamento livre. (Pensando, pensando, pensando...) Difícil? Claro! As pessoas quando falam em relacionamento livre (a maioria delas, pelo menos) confunde um pouco a liberdade com a libertinagem.

Alguns vão pensar num relacionamento onde se pode tudo. E aqui incluímos relacionar-se com outras pessoas. Ok. É livre? Quem sabe.
Há aqueles que vão pensar num parceiro que "não cobre", "não pressione", "não encha o saco". É livre? Pode ser.

Um relacionamento livre de verdade é aquele onde as individualidades são respeitadas. É, aquela parte que não é o "nós". Aquilo que cada um traz de si para o relacionamento.
Respeito é uma ferramenta básica quando falamos em liberdade, seja ela em qual âmbito da vida. Onde existe o respeito e o bom senso, há liberdade verdadeira.

O que estamos buscando nos nossos relacionamentos? Que liberdade é essa que insiste em martelar os pensamentos e se manifestar de formas tão diversas? Cada um tem que buscar a sua. Simples (ou não) assim.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do amigo

Dia do amigo. Dia de celebrar a amizade, de encontros, demonstrações de afeto, carinho, cumplicidade. Dia do amigo é todo dia! Todos os dias estamos conectados de alguma forma àquelas pessoas que nos fazem bem e que deixam nossos dias mais coloridos.

A amizade em tempos de internet gera controvérsias. Já conheci grandes amigos nas redes sociais. Amigos que trouxe para a vida real e que acrescentam momentos alegres aos meus dias.
A internet facilita o contato, aproxima quem está longe, mas também distancia quem poderia estar perto.

Cultivar e manter amizades anda tão difícil hoje em dia. Estamos sempre correndo, sempre com prioridades malucas e às vezes tão secundárias!
Apesar de todos os contratempos, acredito que o contato ainda deve ser valorizado, que os laços devem ser mantidos e cuidados como quem cuida de uma frágil flor.

Aos meus amigos, todo o meu carinho. Não só hoje, mas sempre.
Para aqueles que estão perto, meu abraço. Para os que estão longe, minha saudade. A todos eles, meu carinho e cumplicidade sempre!
A todos os amigos "virtuais" e que de alguma forma me guardam carinho e preocupação, o meu muito obrigada e saibam que é recíproco.
Carinho é algo que a gente pode oferecer sempre porque nunca nos falta.

Feliz "DIAS" do amigo!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Branca de Neve e os sete Zangados

Não é tarefa muito difícil encontrar pelos caminhos da vida aquelas pessoas que amargam de um humor azedo, que vivem de cara amarrada e para quem a vida parece não sorrir com frequência.

Mas o que acontece na vida das pessoas para que elas se apresentem com um humor assim tão duvidoso?

Pequenos gestos e atitudes influenciam a forma como absorvemos os contratempos e os desgostos cotidianos. A forma como nos portamos frente a estas adversidades de menor intensidade dão uma mostra da nossa capacidade de enfrentar problemas maiores.

Como se forma um mal-humorado?
Certamente muitos de nós já perceberam (principalmente nas redes sociais) aquelas pessoas que reclamam de tudo. É a segunda-feira enfadonha (ok, ela é), a quarta-feira que é metade da semana, o final de domingo que é entediante e por ai vai.

Parece pouco, não?
Mas as palavras têm um poder muito grande nas nossas vidas. Reclamar das coisas acaba por se tornar um hábito, coisa corriqueira. E o mau humor vai se instalando, arraigando-se em nossa essência. E eis que um dia acordamos e nos deparamos com um "Zangado" que reclama de tudo e acha cada pequeno contratempo uma desgraça!

Pequenas atitudes nos livram do mau humor: sorrir mais, procurar a perspectiva mais positiva nos problemas, achar mais graça das coisas, divertir-se com os pequenos tropeços.
Se exercitarmos os pequenos prazeres na vida, certamente o imprevisto ficará em segundo plano.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O que eu faria sem o "se"

O que seria da nossa vida sem o "se"? Quantas coisas seriam possíveis e sairiam do papel se não nos colocássemos condições, variações e imposições?

Muitos são os nossos "se". E às vezes este "se" nos bloqueia, nos impede, nos paralisa.

O "se" da dúvida, o "se" da insegurança, o "se" da falta de coragem para assumir uma posição e ir ao encontro da mudança que queremos nas nossas vidas.

O "se" só é bom quando nos faz questionar, quando nos dá outras opções. "Se eu fizesse deste jeito, quais resultados alcançaria?" Caso contrário nos prende, nos enraiza. Não fazemos nem de um jeito, nem de outro.

E ali vai uma parte da vida imaginando como as coisas seriam "se".

Então ao invés do "se" coloquemos um "o que eu preciso para". Às vezes é tudo uma questão de arriscar, de dar o primeiro passo e esperar para ver os resultados. É devagar, é processo. Mas precisa de um começo. Nada começa sem um movimento nosso.

Não podemos esperar pelos outros para começar a mudar aquilo que em nossas vidas já não nos traz mais satisfação.

Mudar faz parte. "Peitar" uma mudança é difícil, mas não impossível. Então vivamos em função de nós mesmos! Esperar pela aprovação do outro é restringir as próprias escolhas. Mudar é movimento!

E “se” não der certo, vamos partir para novos caminhos, novos recomeços.

domingo, 3 de julho de 2011

Janelas da alma

Me encontro em um campo verde
mirando o infinito
Ouvindo o som e
o eco
das minhas palavras proferidas ao interminável horizonte
Cabelos soltos enroscando-se com a brisa
que aumenta de intensidade
Sinto este vento soprando palavras
que eu já não quero ouvir
Quanto tempo se deve esperar
para começar a viver enfim?

O céu está num azul
tão límpido
Mas enxergo apenas tons gris
O frescor no ar anuncia
um dia de verão
Mas sinto um frio que gela
até a alma mais cálida
Quando foi que deixei levar-me
para o lado obscuro do mundo?

Ouvi o sussurrar de tuas angústias
Ouvi o murmúrio dos teus sorrisos
fingidos, perdidos, obscuros, doídos
De onde vem tanto pesar?
Que dor carregas no teu peito?
Uma dor sofrida, solitária, abandonada
Coração carregado, pesado
Arrisco-me a dizer
que é mais pesado que o céu
Suspenso, sem lugar onde ocupar

Vai, te entrega à escrita
Sofre, mói e remói toda essa consternação
Analisa em poesia essa expiação,
este penar
Troca, compartilha, divide
Me acompanha nessa contemplação do infinito
Nessa prostação
olhando a janela da alma

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Para descontrair - Oração das Mulheres


ORAÇÃO DAS MULHERES

'Querido Deus,

Até agora o meu dia foi bom:
- Não fiz fofoca,
- Não perdi a paciência,
- Não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica.
- Controlei minha TPM,
- Não reclamei, não praguejei, não gritei, nem tive ataques de ciúmes.
- Não comi chocolate.
- Também não fiz débitos em meu cartão de crédito (nem do meu marido) e nem dei cheques pré-datados.

Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento...

Amém!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Arte e Cultura: Concerto de Ispinho e Fulô

O projeto "Palco Giratório" do Sesc-Rs trouxe ao Teatro Municipal de São Leopoldo na noite de ontem o espetáculo "Concerto de Ispinho e Fulô", da Cia do Tijolo, de São Paulo.

A peça é simplesmente encantadora! Uma experiência de vivência de todos os sentidos! Os atores exploram todas as nossas percepções durante a apresentação que tem como inspiração a vida e obra de Patativa do Assaré, poeta cearense.

Música, instrumentação, poesia, humor, cultura, história, beleza. O espetáculo é todo sensorial: além dos olhos, somos chamados a escutar, perceber, sentir, aspirar, tocar, provar. Somos convocados a brincar com os elementos presentes na confecção do cenário.

Uma peça onde a simplicidade está aliada a muita criatividade e lirismo. Elementos simples, de fácil manipulação, atores entrosados e muitas elementos surpresa durante todo o tempo. Humor, reflexão e drama contados em duas horas de muito encanto.

Essa peça já foi apresentada em outros estados do país. Então, fiquem atentos às programações do Sesc de todas as regiões. Sem dúvidas é uma experiência inusitada que vale a pena ser vivida.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quando tudo parece certo...

Há momentos na vida em que não sabemos bem para onde estamos caminhando, não sabemos onde estamos e se estamos no caminho certo.

Como diria o querido Herbert Vianna: "um recomeço é uma forma de se encontrar". Mas e como saber que está na hora de recomeçar? Como saber pelo quê estamos procurando?

Estamos em constante desenvolvimento, em constante evolução. Cada vez que algumas perguntas são respondidas, novas questões se apresentam e alimentam sempre nossa sede de satisfação.

Inevitável questionar-se. Acredito ser até muito saudável. Parar, olhar para trás. Olhar em volta e perceber as conquistas, o que alcançamos e o que ainda não tivemos oportunidade ou forças para alcançar.

Este caminho pode ser pessimista. Alguns caminhos não são doces. São tortuosos. E nos fecham as possibilidades de crescimento. Fechamo-nos num casulo de "não posso, não consigo" e assim plantamos uma pedra no meio do nosso caminho. Carlos Drummond de Andrade que o diga sobre pedras no caminho.

Mas às vezes é difícil remover a pedra. Às vezes a gente vai pelo caminho mais difícil, na teimosia.

Mas chega uma hora (para alguns antes, para outros depois) em que aquele caminho não traz mais satisfação. Tudo que parecia tão certo desmorona. E temos que refazer o caminho, reencontrar aquilo que nos traz motivação, que nos impulsiona. E tomar dessa vez um caminho mais positivo, mais otimista.

Tracemos as metas. Já foram traçadas? Re-escrevamos, reconectemos, reinventemos. Às vezes é disso que precisamos: nova perspectiva. Um novo olhar. Um olhar novo sobre o já conhecido, o já conquistado.

E a busca é constante. Não acaba nunca.
Ser humano é incrível, né?

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A onda do politicamente correto

Que infrutífera essa denominação "politicamente correto", não?
Não se pode mais usar certas expressões, deve-se abrir cotas para isso, cotas para aquilo. É preciso cuidado com as piadas, as chacotas.

Gente, não estou desmerecendo a luta das pessoas por reconhecimento e respeito. Estou falando que, de nada adianta mudar no nome das coisas se o sentimento e conceito não mudarem.

De nada adianta não chamar homossexual de "viado" se as pessoas continuam pensando da forma mais pejorativa possível sobre eles.
E "negão"?! Não pode mais. Mas achar que o "afrodescendente" vale menos que o "caucasiano" pode?

O que eu penso bem na verdade?

Respeito as pessoas pela condição básica e essencial de ser humano dela. Respeito cada ser que divide este mundo comigo porque acredito que respeito é uma questão básica.
Olho para as pessoas. Não para a cor de sua pele, seu gênero, sua orientação sexual.

E enquanto as pessoas quiserem fazer parte destes tipos de movimento, vão continuar a reforçar a questão das minorias sociais. É, infelizmente é assim. E o que acontece com as minorias sociais? São excluídas, desrespeitadas, descartadas da classe de sujeito humano.

Repito: não adianta mudar a palavra se não mudar o conceito. O que tem que mudar é a noção de respeito a todo e qualquer ser humano.

Respeito é básico e todo mundo merece. Merece por ser o respeito um direito básico. Não por ser homossexual, judeu, negro, mulher.

sábado, 11 de junho de 2011

Forever Alone?!

Dia das crianças, dia dos pais, dia da sogra, dia dos namorados. Datas comemorativas puramente comerciais na minha opinião. Explico.
Próximo ao dia das mães, qual o bombardeio apelativo midiático, comercial e repetitivo que ecoa na televisão, rádio, sites de compras, lojas, shoppings?! O "presente para sua mãe", a "promoção de dia das mães", o "almoço do dia das mães".
E assim acontece com tantas outras datas. Há uma exploração enorme da questão econômica e pouca valorização do evento em si que, para começo de conversa originou tanta "gastança".
O mesmo acontece quando se trata de dia dos namorados. É uma ocasião meio contraditória. Quem está namorando (relacionamentos "felizes e satisfatórios" ou não) move mundos e fundos para encontrar um presente, preparar jantares, passeios românticos e toda a baboseira que faz parte da comemoração. Bonito, legal, faz parte.
Os solteiros de plantão ou se divertem com toda essa correria ou se limitam a acreditar na nova máxima propagada na internet: a onda do #foreveralone.
Olha, quem tem seu namorado/namorada que aproveite seu dia, faça todas as coisas românticas que tiver vontade de fazer e pronto. Cada um sabe o que traz prazer e satisfação, independente da minha opinião a respeito disso. Simples assim.
Mas quem está solteiro tenha certeza de uma coisa: antes só do que mal acompanhado. Clichê... Pode até ser, mas está valendo.
Vejo casais comemorando o dia dos namorados no dia 12, mas "se pegando" no dia 11.
E outra, os #foreveralone de plantão estarão economizando uma graninha considerável. Veja bem: namorado que vai ganhar roupa, certamente vai ganhar uma peça de vestuário inverno (que este ano está custando 20% a mais que anos anteriores), o companheiro(a) vai desembolsar uma quantia considerável para agradar o amado(a).
Quem ganha flores, paga um preço extra pela "decoração" temática dos buquês e cestas especiais.
Trocando o foco do presente para a noite dos namorados - geralmente comemorada em um restaurante especial, com direito a música romântica, luz de velas e toda a pompa - certamente os apaixonados vão pagar o dobro do que em qualquer outra noite da semana e, se forem desprevenidos e não fizerem reservas, correm o risco de não encontrar mesas disponíveis e amargar o frio da rua na espera de um lugar para celebrar o amor.
Não vou nem comentar a fila de espera dos motéis, né? Alguém aqui já tentou apimentar a noite dos namorados num motel? Pois é, não recomendo.
Além de esperar amargamente no carro enquanto outros casais "celebram", o ritmo frenético de limpeza e atendimento desses estabelecimentos fica comprometido e digamos, para bom entendedor, no mínimo duvidoso.
Resumindo: felizes namorados, comemorem do jeito que acharem mais prazeroso. Saiam para jantar e tudo o mais que manda o figurino.
Solteiros: não é o fim do mundo passar o dia dos namorados sozinho. Ouvi uma reflexão deveras interessante e que talvez ajude a descontrair este dia.
"No dia da árvore, não passei com uma árvore, no dia do índio, não passei com um índio e nem no dia de finados passei a noite com um defunto. Por que no dia dos namorados é que eu vou me desesperar?!"

Sem mais.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meio ambiente?! Que meio é este?

Nessa última semana, aqui no Vale dos Sinos, celebramos a "Semana do Meio Ambiente", com direito a patrocínio, eventos nas cidades e show de encerramento.

Estive a semana toda com um projeto, patrocinado pela Petrobras e que levou às escolas da região diversas atividades vinculadas ao tema (contação de histórias, teatro e oficinas de reciclagem e reaproveitamento de resíduos).

Eu particularmente trabalhei com contação de histórias para as séries iniciais. A história intitulada "Peixadinho e o Rio dos Sinos", traz às crianças a realidade dos nossos rios nos dias de hoje: lixo, sujeira e poluição destruindo a vida marinha e afetando a saúde das pessoas que vivem das águas destes rios.

A história encanta com seus personagens divertidos e passa a mensagem de forma lúdica, incentivando as crianças a transmitir a mensagem aos pais, amigos e vizinhos, na esperança de que as boas práticas se multipliquem e virem mais que informações... que se tornem formações.

Enfim, acredito que estes pequenos atos possam gerar grandes reflexões.
E que, sustentabilidade é mais do que uma palavra e depende muito de todos nós. Somos chamados a mudar nossos hábitos em prol da natureza e, é claro, do nosso futuro neste planeta.

E gente, as crianças que assistiram a contação de histórias já sabem: não é só na semana do meio ambiente que a gente preserva o planeta! São atitudes e hábitos que devem ser adquiridos e praticados todos os dias.

Parace tão clichê falar de planeta e meio ambiente, né? E é. Mas parece que ainda não faz parte da vida de algumas pessoas. Vale lembrar, observar as reações da natureza, a qualidade do nosso ar, da nossa água...
É o planeta nos pedindo socorro, nos pedindo equilíbrio.

Equilíbrio. Acho que está ai a chave para a boa convivência neste e com este planeta.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

18 de maio - Dia da Luta Antimanicomial


Hoje, dia de 18 de maio, comemora-se o dia da Luta Antimanicomial. E alguns vão se perguntar: "o que eu tenho a ver com isso?"
Primeiro, acho importante contextualizar o movimento. (Resumidamente).

Em 1987, alguns trabalhadores da área da saúde reuniram-se em Bauru (SP) e, ligados ao movimento da Reforma Sanitária (um dos que deram origem ao SUS) experimentaram as influências da desinstitucionalização já iniciada na Europa.

Deste movimento, surge a Reforma Psiquiátrica - que tem por objetivo reformular as práticas em saúde mental no país.
Entre as principais mudanças, está a extinção dos chamados manicômios e a criação de serviços substitutivos no cuidado do sofrimento psíquico.

A Lei Paulo Delgado (Lei 10216 de 2001) está ai para garantir novos modelos de tratamento de transtornos mentais no Brasil.

Acredito que um filme que ilustre bem a questão da saúde mental, práticas e falhas e que certamente é minha recomendação para hoje é o brasileiro "Bicho de sete cabeças (2001)" dirigido por Laís Bodanzky. O filme é baseado na obra de Austregésilo Carrano Bueno - "Canto dos Malditos" - contando a experiência do autor em um hospital psiquiátrico.

Ah, e o que tu tens a ver com tudo isso, né? Será que já paraste para pensar na incidência de transtornos psiquiátricos que acometem a população só aqui no Brasil?
Não?
Observa os noticiários. Observa a tua volta. Observa na própria família quantas pessoas têm ou já tiveram sintomas de depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, entre outros.

O importante é que movimentos como esse garantiram às milhares de pessoas que necessitam deste tipo de atenção especializada um cuidado maior, menos traumático e com práticas mais humanas.

Ainda estamos longe do ideal. Ainda faltam leitos em hospitais gerais. Ainda falta mais humanização na medicina. Ainda falta maior atenção do poder público.

Todos nós fazemos parte desta luta diária.
Até porque, de perto, ninguém é normal e isto é um fato.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pode ser mais impessoal?


Quando eu acho que nada mais estapafúrdio possa acontecer em termos de humanidade, surpreendo-me absurdamente com as coisas que a contemporaneidade apresenta para nós.

Conversando com uma amiga psicóloga, eis que ela, navegando pela rede depara-se com um site especializado em término de relacionamentos.
Isso mesmo: especializado em "pé na bunda"!!!

Segue link para aqueles que, assim como eu, acharam que era "Pegadinha do Malandro": ---> http://acessa.me/dm2C


A falta de compromisso, o medo do envolvimento e a dificuldade de vincular-se a outro ser humano já eram "top" das preocupações dos solteiros de plantão. Mais essa agora?! O que mais o ser humano vai criar para evitar a maturidade emocional?

Inversão de valores? Pouco envolvimento? Vazio social?
Sem maiores análises.
Tirem suas próprias conclusões.

domingo, 1 de maio de 2011

Apoio cultural - "La garantia soy yo"


Acho realmente uma pena a falta de interesse de alguns municípios quando se trata de divulgar eventos culturais que ocorrem na cidade.
Como "projeto de atriz" fico entristecida que só fiquemos sabendo de exposições, teatros, e espetáculos diversos quando fazemos parte deste meio e corremos atrás.

Ontem, estive presente e pude prestigiar o trabalho dos colegas do grupo "Teatro Velho do Saco": o Leandro Coimbra e o Zé Roberto Soares Jr (o querido Tchakaruga de Paranaguá) na peça "La garantia soy yo" (imagem). A apresentação ocorreu no Teatro Municipal de São Leopoldo.

A Satand Up Comedy tem duração de uma hora e meia aproximadamente. O bom humor e a qualidade técnica e artística dos atores em cena é a marca registrada do espetáculo.
Os quadros e personagens nos cativam não só pela qualidade do humor, mas pela atuação mais que consagrada destes dois talentosos meninos! Domínio do público do início ao fim da apresentação.

Nesta noite foi gravado o Dvd da peça.

Indico e promovo sempre quando o trabalho é de qualidade. E este com certeza é um trabalho que vale ser divulgado e podemos esperar ouvir muitas vezes o nome dessa gurizada por ai nestes nossos palcos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quem não tem teto de vidro...


Os "telhados" hoje em dia, me parecem não ser mais construídos de vidro, frágil e delicado, passível de rachaduras e pequenos cortes. Material este que nos exige zelo no manuseio, cuidado para com o material do telhado do vizinho, igualmente frágil.

As pessoas agem como se seus "telhados" fossem construídos de concreto, material muito resistente e que não exige adaptação, remodelação, pequenos consertos a medida em que as turbulências da vida vão agindo sob nossos materiais humanos.

Mesmo com o politicamente correto, com as inúmeras reflexões que somos chamados a fazer atualmente a cerca de nós mesmo e nosso papel no mundo, acredito que nunca julgamos tanto o outro como fazemos hoje. E nunca com tanta severidade.

Como bem colocou um "twitteiro de plantão", hoje em dia todo mundo tem razão. E é bem verdade. Ninguém quer ceder, entender o ponto de vista do outro, perceber suas idéias, por mais flexível que se diga ser.

Às vezes chego a desconfiar de quem se diz muito flexível.

Muitas vezes o que acontece é uma camuflagem (até mesmo inconsciente). Quanto mais flexível parece ser, mais intolerante se mostra.

E com coisas que pareceriam tão simples, tão certas, tão dadas.
E não percebem. Seguem batendo nas suas teclas (que para si são as melhores, mais corretas) e tentando convencer os outros de suas teorias, gostos, preferências.

Se agarram às suas ideologias e muitas vezes tomam como "errado" todo e qualquer ser humano que siga um ponto de vista diferente daquele que propõe.

Infelizmente, atitudes assim acabam por gerar discórdia. Fica ainda mais difícil colocar a prova seu ponto de vista quando ele é defendido de forma pesada, forçada, afoita.

É preciso refletir sobre a forma como estamos defendendo nossos ideais. E também a maneira como estamos recebendo os ideais contrários aos nossos nesse interim.

Na dúvida, usemos o bom senso, o zelo, o cuidado.
Por que, mais importante do que estar certo ou errado, é estar em paz com nossas próprias decisões.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O esvaziamento das relações


Tenho conversado bastante com alguns amigos sobre a dificuldade de fazer, cultivar e manter amizades hoje em dia. É unanimidade entre eles que, não só para relacionamentos amorosos - mas também para qualquer tipo de relacionamento - anda muito cansativo o investir.

Quantas vezes a gente encontra um amigo e se interessa em saber o que ele está fazendo, quais os projetos de vida está realizando, retomar um pouco a relação que às vezes fica um pouco comprometida pela correria nossa de cada dia?

E eis que a gente ouve um sonoro "vamos marcar". Que por sinal, ultimamente está virando sinal de "estou ocupado demais para arrumar tempo para isto".

Liga-se a primeira vez com um convite que, é recusado. Na segunda vez, outro compromisso para a mesma data. Na terceira vez ligamos só para "tranquilizar a consciência" e mais uma vez, há "desencontro".

E não estou falando aqui de amizades recentes, de pessoas informais que conhecemos "caminhando por ai". Falo também daqueles amigos que foram muito próximos no passado, que fizeram parte de momentos importantes na nossa vida (e vice-versa), pessoas com quem se construiu um vínculo que, aos poucos, foi desvanecendo.

E por que extingui-se o laço? O que acontece neste interim que descaracteriza as relações?
Mistérios.

Cada relação é diferente e se constitui por motivos diferentes. Por isso fica tão difícil entender o que se passa com cada uma delas. Pode ser por mil motivos, pode ser por motivo nenhum, elas apenas se desfazem, se perde, esmorecem.

A quem culpar?
É, mais uma vez o ritmo acelerado dos dias atuais.
Será mesmo?

Simplesmente mulher

Achei o texto belíssimo, digno de ser compartilhado. Não encontrei o autor, mas se alguém conhecer, saúde-o por todas nós, mulheres!

O DESRESPEITO À NATUREZA TEM AFETADO A SOBREVIVÊNCIA DE VÁRIOS SERES VIVOS E ENTRE OS MAIS AMEAÇADOS ESTÁ A FÊMEA DA ESPÉCIE HUMANA.

Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!' Tomem aqui os meus parcos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam.

Habitat: Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação correta: Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo' no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

Flores: também fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza: Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação. Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

Não tolha a sua vaidade: É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar sapatos, ficar horas caminhando no shopping, chorar com um filme. Entenda tudo isso e apóie.

Cérebro feminino não é um mito: Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não confunda as subespécies: Mãe é a mulher que amamentou você e o ajudou a se transformar em adulto. Amante é a mulher que o transforma diariamente em homem. Cada uma tem o seu período de atuação e determinado grau de influência ao longo de sua vida.

Não faça sombra sobre ela: Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

terça-feira, 22 de março de 2011

Coincidências? Não acredito!


Confesso que como grande entusiasta dos relacionamentos, dos encontros, dos sucessos, fico entristecida quando ouço de um dos meus amigos que o relacionamento deles chegou ao fim.
Fico triste porque percebo o quanto é difícil encontrar alguém e permanecer com ele (a) apesar das adversidades que a vida traz. E não são poucas.
Mas sabe o que é mais triste?
Ao final dos relacionamentos (seja por qual foi o motivo) as pessoas costumam ver apenas o lado negativo, a tristeza e a decepção (com elas, com os parceiros, com a vida).
Sei que este é o momento para isto. O luto pela perda precisa ser vivido. E nada melhor do que ser na hora certa.
Mas acredito também que este é o momento para reflexão.
Refletir sobre sua vida, suas atitudes, sobre as pessoas em geral.
Cada um que passa na nossa vida tem um papel. Não acredito em coincidências!
Mas não falo aqui de destino, porque nossa história é escrita por nossas escolhas. Falo de percepção, de sutileza, de aprendizado. Aprendizado que às vezes é dolorido.
As pessoas passam por nossas vidas e nos trazem um pouco de si e levam um pouco de nós. Hábitos, costumes, gostos musicais, enfim... Trazem o bom e o mau da vida consigo. São humanas!
Não podemos ser ingratos. Porque até quando nos fazem "mal" nos trazem lições!
Aprendemos a nos defender daqueles que podem nos enganar, aprendemos que não podemos confiar em todo mundo, aprendemos que às vezes na vida é preciso ter jogo de cintura.
Tiremos nossas lições de cada pessoa que passar por nós. Vamos aprender a viver com nossos erros e acertos.
E continuar abertos. Abertos para novos relacionamentos, novas aprendizagens. Erros e acertos fazem parte da nossa caminhada.

domingo, 20 de março de 2011

Quando a pilha acaba


A motivação é um processo psicológico básico. É uma condição que energiza e orienta um comportamento para um objetivo.

Motivação vem do latim movere, que significa mover.
Seria como uma pressão interna, partindo de uma necessidade e que originaria uma energia para impulsionar uma atividade, dando início, guiando e mantendo este estado para a realização de uma meta diversa.

O conceito é de simples compreensão e nos é fácil perceber as próprias motivações enquando lemos a descrição.

Quando iniciamos um projeto, seja ele no trabalho, nos estudos, nos relacionamentos, temos a "energia" inicial e que nos guia para a realização dos nossos empreendimentos.
Ah como seria bom se a manutenção da motivação fosse tão simples quanto é o estopim inicial!

O que fazer quando a "pilha" acaba? Que fazer quando a energia que nos guiou no início parece que se esvaziou?
Que fazer quando chega a segunda-feira e a vontade de levantar e ir trabalhar acaba?
E quando os relacionamentos já nos causam mais exaustão do que prazer?
E as amizades que nos exigem cada vez mais paciência para a manutenção. Quando esta vontade de "correr atrás" termina?

Difícil seguir qualquer meta, qualquer projeto quando não se tem prazer para nos motivar, nos impulsionar. Tudo o que se faz com prazer é melhor realizado, tem mais qualidade.

O que te motiva?
O que te desmotiva?
Precisamos encontrar a energia perdida e colocar mais qualidade nas nossas vidas.

E quando não é possível encontrá-la nas coisas rotineiras, é preciso lançar vôo para outras metas, outros projetos, outras relações!
Estar em busca do que nos motiva, do que nos move é o que deixa a vida mais fácil, mais tranquila e mais prazerosa.

Será que não é isso que está faltando na tua vida? Um pouquinho de novidade para continuar em movimento?

segunda-feira, 14 de março de 2011

O trem das sete

Hoje é dia da poesia. Escrever é mais do que uma boa articulação de palavras. É transbordamento, é paixão, é doação do escritor em favor da escrita.

Esta é minha singela homenagem a todos aqueles que escrevem e fazem de sua escrita ferramenta para encantar, emocionar, entreter o outro.
Àqueles que dividem sua essência, um pouquinho da minha.

O trem das sete

Sentada na estação vejo o céu, vejo a paisagem
Me perco na imensidão do azul que, aos poucos, ganha tons de cinza
Ao longe, escuto o som dos pássaros
Entoando melodias, trocando carícias
Foi uma gota de chuva que senti cair em meu rosto?

Em meio aos sons e percepções sinto a brisa transformar-se em vento
E do vento, os uivos de uma tempestade que se forma
Paro, fecho os olhos e apenas me entrego a sinfonia de ecos que se moldam
Conversando, sussurrando, contando segredos
Segredos que só ouvem os que se permitem parar

Abro os olhos e o trem já se foi
Se foi sem que eu pudesse embarcar, seguir meu caminho
"-Calma" - diz o vento - "-logo outro trem está por vir!"
E novamente me sento, ansiando pela novela contada pelos silvos da brisa errante

Já não mais brilha o sol... é a noite se anunciando no horizonte
Noite que traz consigo o frescor de uma chuva fraca, tímida
A tempestade foi-se embora, ficou a calmaria
É o drama, a trama, a grama... Perfumes da noite embalados ao som de raios e trovões

Experimento caminhar pela rua, enganando o tempo
Na esperança de que o trem chegue depressa
Meus cabelos já começam a ficar molhados, pingando gotas gélidas no meu rosto
Me entrego à sensação de estar no mar, envolvida pelas ondas
Beijada pela brisa, desperto com um som crescente
É o trem das sete, que se aproxima para me levar ao meu destino

Para onde mesmo eu queria ir?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Buscando a inspiração

Há mais de um mês que olho para esta página e nada brota no meu pensamento. A bendita inspiração me abandonou temporariamente. E abandonou os amigos que sempre sugerem postagens, idéias e comentários.

O pânico daquele que é chamado a escrever é justamente olhar para a página branca e ela continuar desta forma. Rs

No embalo das férias, do início do novo ano, da programação das metas de trabalho e pessoais, acabamos saturando as reflexões e escrever se torna algo adiável.

Mas isso não é uma coisa necessariamente ruim.
Escrevemos quando algo em nós transborda, seja indignação, saudade, amor, tristeza, mágoa, etc.

A calmaria dos últimos dias acabou por bloquear certos transbordamentos.

Escrevo sobre aquilo que me toca, que me afeta (de afeto, sentimento), que me possibilita a construção, a modelação e o melhor entendimento sobre um conceito, uma idéia.
Escrevo sobre aquilo que aprendo, que vivencio, que percebo.

Troco, transmito e divido com os leitores aquilo que é comum, que nos estreita, que entendo como algo que aproxima.

E não que eu não tenha pensado, não tenha sentido, não tenha observado ou percebido. Acredito que tudo isto tem acontecido com a mesma intensidade, com a mesma frequência.

Acho que às vezes nos falta o tempo certo de absorver tudo o que se passa conosco.
Estreitar o pensamento e escolher aquele que mais inspira, que mais motiva para que ele se torne palavra, frase, parágrafo e enfim, texto.

Continuo buscando a inspiração e, como sempre, aceitando as contribuições sempre tão carinhosas dos amigos e leitores que dividem este espaço comigo.

Boas inspirações para todos nós!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Onde foi que esconderam o amor?!


Que estamos vivendo dias de distanciamento, de falta de compaixão, de desumanidade, de falta de amor ao próximo, não preciso nem comentar. É berrante, gritante, visível e insuportavelmente óbvio.
O medo da intimidade, a individualidade, a marca, o trauma são muitas respostas para perguntas que não querem calar. Onde está o amor? Onde buscar por ele?
Mesmo com todo este distanciamento, esta fuga, vemos pessoas esperando pelo amor, procurando o encantamento, querendo encontrar alguém que faça seus dias mais coloridos.
Ontem mesmo estávamos num velho dilema no Twitter sobre o amor, as caras-metade, a dificuldade de encontrar pares nesta caminhada.
Vejo muita gente em busca, aberto aos relacionamentos. Mas onde estão que não se encontram?
Por onde andam estas almas sensíveis em busca de um complemento, em busca de suas "borboletas no estômago"?
Encontramos e perdemos pessoas no meio do caminho. Experimentamos sensações, vivemos intensidades diferentes ao longo da caminhada. Cada uma é única e é especial em suas particularidades. Faz parte do que somos hoje.
Vivemos na ânsia de encontrar aquilo (ou aquele(a)) que nos fará mais felizes.
E acredito que seja ai que erramos. Na expectativa constante.
Ela às vezes nos faz perder a simplicidade das experiências, reduzindo-as a simples busca de nosso complemento, nosso amor.
Alguém postou uma frase hoje que acho justo trazer para este texto: "Nunca corra atrás do amor, ele pode pensar que é um jogo e vai fugir de você. Apenas espere, pois na hora certa ele vai te encontrar" (@GloriaMariaReal).
Vamos esperar então. Continuar a busca pelas coisas que nos fazem felizes. Mas sem perder a naturalidade das situações. Quando estamos focados demais, pequenos detalhes nos passam despercebidos, levando com eles, talvez, grandes possibilidades. Quando estamos abertos, as coisas se apresentam, sem maiores dificuldades.
Esperar sem saber até quando e pelo quê parece difícil? Não quando se tem amigos e quando estamos nessa vida para aproveitar as coisas boas. =)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Para momentos de ordem, um pouco de caos se faz necessário

Já diziam os mais velhos em momentos tristes: "Depois da tempestade vem a bonança".
Pois é. E não é que eles tinham razão?
Concordo com eles, e digo mais: para que a ordem se estabeleça, é necessário um pouco de caos, de estranhamento, de incômodo, de tempestade.
Não estou aqui condicionando a felicidade ao sofrimento e a desgraça anterior. Nem dizendo que só se é feliz quando se passa por tropeços e adversidades.
Estou dizendo que às vezes as pessoas estão descontentes com as situações, mas estão acomodadas.
O emprego não está do jeito que gosta, mas é o que se tem, então só se reclama.
Os relacionamentos não estão satisfátorios, mas o novo assusta.
Os sonhos não estão se realizando, mas algumas coisas aparentemente boas acontecem no meio de muitas ruins.
E às vezes, eis que tudo parece tão certo (leia-se cômodo) e um raio cai no meio do caminho, um balde de água fria nos é atirado, uma "desgraça caótica" nos tira o tapete e joga nossos pés para cima. Ficamos sem chão, sem saída, sem estratégias para manter as coisas do jeito que estavam.
Mas e quem disse que estavam necessariamente boas? Quem disse que da forma como elas estavam acontecendo estávamos plenos, felizes e satisfeitos?
O novo assusta. Entramos em contato com o desconhecido, com algo que não dominamos, que ainda não estamos acostumados.
E eis também que as soluções mais criativas aparecem dai. Forças que nem sabíamos que tínhamos se manifestam e as coisas se encaminham para lugares muito mais prazerosos do que os antes tão "perfeitos".
E a gente se dá conta que era exatamente desta "sacudida" que estávamos precisando. Este caos, este desconhecido, esta aparente bagunça na nossa ordem tão bem estabelecida e controlada.
E quando os planos não dão certo, quando algo parece desmoronar, quando as coisas fogem do script, vamos nos desesperar menos e esperar um pouco mais. A paciência é uma virtude que precisamos aprender a aperfeiçoar para viver melhor estes processos.
Vamos perceber o caos como potencializador, como uma oportunidade para olhar além.
Desconfortável? Certamente. Mas muito esclarecedor quando bem aproveitado.
E ai, alguém já "bagunçou" tua vida este ano?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Novo ano - novas oportunidades

E o ano começou outra vez... Alguns fecharam 2010 alegres, satisfeitos e com a sensação de dever cumprido. Outros, continuaram com assuntos inacabados.
Percebi neste final de ano um movimento por parte de algumas pessoas, principalmente no Twitter, de "acaba logo 2010" ou "chega 2011", como se a simples troca de datas pudesse acabar ou começar coisas por si só.
Sei que as festas de final de ano são cansativas, que a correria para fechar o ciclo nas empresas, na grande maioria das vezes, é o que separa muitos das tão sonhadas férias.
Mas fiquei com a estranha sensação de que, para algumas pessoas, alguém "lá em cima" ia apertar um botão "reset" à meia noite e tudo seria diferente no exato instante em que os relógios marcassem 12:01.
Ficou a impressão de que para essas pessoas algo mágico ia tirá-las das situações desconfortáveis, trocá-las de emprego, magicamente seus relacionamentos iam melhorar e todas as tristezas ficariam para trás, junto com o ano de 2010.
E chega o tão esperado momento e eis que as coisas continuam iguais. O primeiro dia do ano é só isso mesmo gente: o primeiro dia do ano. Não é santo milagreiro.
As coisas só vão mudar se as pessoas ao invés do "reset" apertarem o "play" e começarem a viver! Não é possível passar uma borracha nos momentos ruins como se eles nunca tivessem acontecido.
Possível é tirar o maior proveito deles e usar todo esse aprendizado a nosso favor.
O primeiro passo é sempre o mais difícil... Parar de reclamar e pensar em soluções é um bom começo. Com um pouquinho de força de vontade as coisas vão se ajeitando.
Abrir as portas para novas oportunidades. É isso que novos ciclos nos possibilitam.