mirando o infinito
Ouvindo o som e o eco
Ouvindo o som e o eco
das minhas palavras proferidas ao interminável horizonte
Cabelos soltos enroscando-se com a brisa
Cabelos soltos enroscando-se com a brisa
que aumenta de intensidade
Sinto este vento soprando palavras
Sinto este vento soprando palavras
que eu já não quero ouvir
Quanto tempo se deve esperar
Quanto tempo se deve esperar
para começar a viver enfim?
O céu está num azul
tão límpido
Mas enxergo apenas tons gris
O frescor no ar anuncia
Mas enxergo apenas tons gris
O frescor no ar anuncia
um dia de verão
Mas sinto um frio que gela
Mas sinto um frio que gela
até a alma mais cálida
Quando foi que deixei levar-me
Quando foi que deixei levar-me
para o lado obscuro do mundo?
Ouvi o sussurrar de tuas angústias
Ouvi o murmúrio dos teus sorrisos
Ouvi o murmúrio dos teus sorrisos
fingidos, perdidos, obscuros, doídos
De onde vem tanto pesar?
Que dor carregas no teu peito?
Uma dor sofrida, solitária, abandonada
Coração carregado, pesado
De onde vem tanto pesar?
Que dor carregas no teu peito?
Uma dor sofrida, solitária, abandonada
Coração carregado, pesado
Arrisco-me a dizer
que é mais pesado que o céu
Suspenso, sem lugar onde ocupar
Suspenso, sem lugar onde ocupar
Vai, te entrega à escrita
Sofre, mói e remói toda essa consternação
Analisa em poesia essa expiação,
Analisa em poesia essa expiação,
este penar
Troca, compartilha, divide
Me acompanha nessa contemplação do infinito
Nessa prostação
Troca, compartilha, divide
Me acompanha nessa contemplação do infinito
Nessa prostação
olhando a janela da alma
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